Com quase 500 mil habitantes, os 28 municípios mato-grossenses localizados na Faixa de Fronteira apresentam nível de desenvolvimento abaixo da média estadual e características de estagnação econômica. O assunto foi debatido nesta quarta-feira (27), em Cuiabá, durante o I Seminário Perspectivas para o Desenvolvimento da Faixa de Fronteira – Arco Central. O evento foi realizado em Cuiabá, nesta quarta dia 27, pela Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste – Sudeco.

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Valdecir Luiz Colle, Chiquinho, foi representado pelo prefeito de Cáceres, Francis Maris. O prefeito destacou que os municípios necessitam de investimentos dos governos federal e estadual para se desenvolverem. “Ainda estamos esperando uma ação concreta”, assinalou.

Francis frisou que a ação governamental é necessária para que os municípios possam atrair mais investimentos, desenvolver todo o seu potencial e fomentar o dinamismo econômico regional.  Para efeito de comparação, o valor da terra de um hectare na região de Fronteira vale 10 vezes menos que em localidades no norte do estado, com grande potencial agrícola, como Sorriso.

O secretário executivo do Consórcio Complexo Nascentes do Pantanal, Dariu Carniel, disse que a estagnação econômica tem tornado os municípios da região menos dinâmicos. Ele afirmou que  apesar do apoio governamental, os municípios devem ser protagonistas no trabalho de resgate do desenvolvimento regional.

Dariu destacou que o potencial da região está sendo divulgado em outros municípios. Cáceres e Região Sudoeste estão sendo apresentadas como a “nova fronteira” da soja em Mato Grosso. Estudo realizado pela Aprosoja/Imea indica que 1.433.793,93 hectares de terras na região dos 22 municípios, são propícios e favoráveis ao cultivo da olegiasinosa. Razão que tem motivado a prefeitura de Cáceres e Consórcio do Complexo Nascentes do Pantanal a divulgar a região e seu potencial.

As terras férteis da região têm apresentado ótima produtividade com menor custo de investimento. Os recentes plantios na região têm apresentado uma produtividade média de 60 sacas/ha, acima da produtividade das grandes regiões produtoras do Estado. A região tem grande potencial para o crescimento agrícola, com 1.433.793,93 hectares que podem ser convertidos em agricultura, produzindo mais de quatro milhões de toneladas de soja. Dessa área, 308.784,17 hectares tem potencial para duas safras anuais.

Outras vantagens apresentadas que favorecem Cáceres e região na busca de investidores são os seguintes: estradas, navegação, água, energia, fibra ótica, gasoduto, polo universitário, polo de saúde, cultura, história, turismo, esportes, lazer.

Participaram também da reunião o superintendente da Sudeco, Cleber Avila, o secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar de Mato Grosso, Luiz Carlos  Alessio, o representante do ministério da Integração Nacional, Alexandre Peixoto, entre outros.

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Agência de Notícias da AMM